Nota sobre as declarações da governadora Raquel Lyra referentes ao PSB

Quando usa uma tribuna de alcance nacional, como o programa Roda Vida, da TV Cultura, para dizer que o maior partido de oposição ao seu governo “não existe mais”, a governadora Raquel Lyra (PSDB), além de desrespeitar uma agremiação política com mais de 70 anos de história, mostra que já não consegue conter seu incômodo com as cobranças qualificadas à sua gestão, que têm sido feitas pelo PSB e vêm ganhando repercussão na imprensa e em diversos setores da sociedade.

Na verdade, o que está em risco de não mais existir é o estado que era referência em educação até 2022, já que a atual gestão descontinua programas como o Ganhe o Mundo e não garante merenda, fardamento e kit escolar na rede pública. O estado que ganhou nove hospitais e mais de 20 UPAs e UPAs-E nos governos do PSB agora é o que fecha o Hospital de Neurologia e impede que o Recife ganhe um Centro de Referência do Idoso. É também o governo de Raquel Lyra que está excluindo quase meio milhão de beneficiários do 13º do Bolsa Família e deixa Pernambuco já há seis meses sem política de segurança.

Com um discurso de suposta neutralidade, a governadora tenta conquistar desavisados, mas é desmentida pelos fatos, como o loteamento da Secretaria de Educação e do Detran por pessoas indicadas pelo partido de Bolsonaro. A gestão de Raquel Lyra mostra que tem um lado – e não é o que Lula, Alckmin e o PSB defendem – quando se alia às forças conservadoras e desmobiliza políticas sociais. Pernambuco paga um preço por este semestre perdido, marcado por desmonte e morosidade.

Queiram ou não queiram Raquel Lyra e seus aliados, o PSB seguirá existindo, resistindo e desempenhando o importante papel para o qual foi designado pela população de Pernambuco nas eleições de 2022: o de lutar pela preservação dos avanços que o estado viveu nos últimos 16 anos, denunciando as contradições, os desmontes e falta de diálogo do atual governo.

PSB de Pernambuco

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