João Campos é aclamado como maior liderança do PSB durante congresso do partido  

Prefeito e candidato à presidência do PSB reforçou o compromisso de fazer a sigla “dar passos ainda mais largos”

O prefeito do Recife, João Campos, foi aclamado como a maior liderança do PSB durante o XVI Congresso Estadual do partido, realizado neste sábado (5), no Recife. Na ocasião, o gestor, que é candidato à presidência nacional da sigla, reforçou o propósito de fazer o PSB dar “passos ainda mais largos” e ser “o maior partido da centro-esquerda brasileira”. O evento teve a presença do atual presidente nacional, Carlos Siqueira, de prefeitos, parlamentares e lideranças de todo o estado.

“Vamos chegar fortalecidos para ter um partido unido, que vai crescer. A gente vai dar passos ainda mais largos e o PSB se consagrará nas urnas, em 2026, como o maior partido da centro-esquerda brasileira”, afirmou Campos, defendendo a manutenção do alinhamento que consagrou a vitória de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) em 2022. “Estaremos juntos em um projeto nacional com o presidente Lula e com o vice Alckmin. O PSB vai estar ao lado da luta legítima, da luta decente, vai ter lado e posição político-eleitoral. Não estaremos à mercê do vento de conveniências e oportunidades”, completou.

João Campos também elogiou o presidente Carlos Siqueira pelos mais de dez anos à frente do PSB em um período de resistência da democracia brasileira. “Carlos Siqueira dedicou 35 anos de sua vida a cuidar do partido. Sei que é um desafio assumir essa nova missão, essa missão que um dia foi liderada por Miguel Arraes, por Eduardo Campos e pelo próprio Carlos Siqueira. Isso só me deixa com uma vontade ainda maior de fazer bem feito à frente dessa missão”, afirmou o prefeito.

Durante o congresso, Carlos Siqueira recebeu das mãos do prefeito João Campos, do presidente da Câmara Municipal, Romerinho Jatobá (PSB), e de outros vereadores o título de cidadão recifense, que já havia sido aprovado na casa legislativa. Emocionado, externou a satisfação de ter cumprido uma das últimas agendas de seu mandato à frente do partido em seu estado natal e reiterou que, independentemente de funções formais, gosta de ser identificado como militante do PSB.

“Da mesma forma que foi uma surpresa receber este título de cidadão aqui hoje, também não esperava ser alçado à condição de presidente nacional do partido em 2014, depois daquele momento duro para todos nós, que foi o falecimento do ex-governador e nosso presidente nacional, Eduardo Campos. E estou praticamente encerrando meu mandato no lugar certo, no meu país Pernambuco. Estou encerrando no momento certo, porque tem alguém que vai orgulhar todos nós para continuar essa luta, para transformar o nosso partido em um grande instrumento de luta política em nosso país”, externou o dirigente.

ELEIÇÃO – Durante o congresso, foram eleitos os membros do diretório, da comissão executiva estadual e das comissões executivas dos segmentos organizados do partido. O deputado Sileno Guedes, que preside o PSB em Pernambuco desde 2011, foi reconduzido à função por mais três anos. “Agradeço às nossas lideranças e à nossa militância pela confiança no nosso trabalho. Terei a missão de presidir o partido em um período decisivo da nossa história, momento em que o PSB se preparará para oferecer a Pernambuco uma alternativa que recoloque nosso estado nos trilhos”, declarou.

A partir das escolhas feitas pelos municípios nos congressos locais e regionais, cerca de 70 delegados e delegadas também foram eleitos para representar Pernambuco no Congresso Nacional do PSB, que ocorrerá nos dias 30 e 31 de maio e 1º de junho, em Brasília. O prefeito João Campos deve ser eleito presidente nacional do partido durante esse evento.

O XVI Congresso Estadual do PSB de Pernambuco foi marcado ainda por discursos de deputados, prefeitos, vereadores, dirigentes dos segmentos sociais organizados e militantes históricos do PSB. Também foi registrada a participação de representantes de outros partidos, como a senadora Teresa Leitão (PT), o vice-prefeito do Recife, Victor Marques (PCdoB), o presidente estadual do PSDB, deputado Álvaro Porto, e o presidente estadual do Republicanos, Samuel Andrade.

HOMENAGEM – O ex-prefeito e ex-deputado José Patriota, falecido em 2024, foi homenageado e deu nome ao XVI Congresso Estadual do PSB de Pernambuco. Em vídeo exibido para os presentes, foi narrada sua ligação histórica com os ex-governadores Miguel Arraes e Eduardo Campos e sua atuação em defesa do municipalismo, tendo como foco a representatividade que ele deu ao Sertão do Pajeú, onde nasceu. A viúva do parlamentar, Madalena Leite, esteve presente no congresso juntamente com outros familiares. Patriota também já havia sido homenageado no último domingo (30), durante o Congresso Regional do PSB em Afogados da Ingazeira, município que administrou por dois mandatos.

05/04/2025 – Assessoria de Comunicação do PSB de Pernambuco

João Campos: “PSB será o maior partido da centro-esquerda brasileira”

Prefeito do Recife, que deve ser eleito presidente nacional do partido no fim de maio, participou do Congresso Regional do PSB em Afogados da Ingazeira

Foto: Edson Holanda

O prefeito do Recife e vice-presidente nacional do PSB, João Campos, declarou, neste domingo (30), que vai trabalhar para que o PSB seja o maior partido da centro-esquerda brasileira. A declaração ocorreu durante o Congresso Regional da sigla em Afogados da Ingazeira, no Sertão de Pernambuco. O dirigente disse que o PSB “tem cheiro de futuro” e vai crescer em todo o país, aliando tradição e novos quadros da política com “capacidade de discutir os problemas reais da nossa gente”.

“Esse é um partido que já foi presidido por Miguel Arraes, por Eduardo Campos e que vem tendo uma grande condução pelo presidente Carlos Siqueira. Queremos poder dar continuidade. E podem ter certeza: nós vamos fazer do PSB o maior partido da centro-esquerda brasileira, o partido que vai defender sempre o nosso campo democrático, que vai ter a capacidade de reunir tradição, mas trazendo sempre novos quadros da política. Que vai ter a capacidade de discutir os problemas reais da nossa gente”, disse o prefeito, que deve ser eleito presidente nacional do PSB durante congresso no fim de maio, em Brasília.

João Campos afirmou ainda que o PSB “não tem preço” e que “vai mostrar seu tamanho”. “Quem está nesse palanque sabe disso, que nosso partido não tem preço. Nosso preço é nunca largar a mão do povo e o lado certo da política. É fazer isso de forma reta e mostrar que, tem sim, muito cheiro de futuro para o PSB, não só pelo que nos trouxe até aqui, mas pelo que nos reúne e pelo trabalho que nos move de fazer o partido crescer no Brasil inteiro”, completou João Campos.

O congresso foi marcado por homenagens ao ex-prefeito de Afogados da Ingazeira e ex-deputado José Patriota, falecido em 2024. O atual prefeito da cidade, Sandrinho Palmeira (PSB), classificou Patriota como “maior liderança política de Afogados da Ingazeira” e, juntamente com João Campos, entregou à viúva do ex-parlamentar, Madalena Leite Patriota, uma placa de exaltação a esse legado. Patriota também será homenageado no Congresso Estadual do partido, em 5 de abril, no Recife.

Durante o evento, outras lideranças também fizeram discursos enaltecendo a unidade das forças políticas compostas pelo PSB e por partidos aliados no Sertão do Pajeú. Foi o caso da vice-presidente nacional do Solidariedade para a Região Nordeste, Marília Arraes, do presidente do PSB de Pernambuco, deputado Sileno Guedes, dos deputados estaduais Diogo Moraes (PSB), Waldemar Borges (PSB) e João Paulo Costa (PCdoB) e do ex-prefeito de Itapetim, Adelmo Moura (PSB).

30/03/2025 – Assessoria de Comunicação do PSB de Pernambuco

João Campos anuncia apoio à reeleição de Sileno Guedes como presidente do PSB-PE

Prefeito do Recife destacou o trabalho do dirigente do partido na união de pessoas nos quatro cantos do estado

Durante o Congresso Municipal do PSB Recife, realizado na noite da terça-feira (25), o prefeito João Campos (PSB) anunciou o apoio à reeleição do deputado Sileno Guedes como presidente estadual do PSB de Pernambuco. A renovação do mandato do dirigente deve ocorrer no dia 5 de abril, durante o Congresso Estadual da sigla, a ser realizado na sede da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), no Recife.

“Sileno é o nosso candidato a presidente do PSB estadual. Quero reafirmar esse compromisso, agradecer por sua lealdade com o nosso conjunto, que não é de hoje, é de muito tempo. Sileno conduziu uma eleição vitoriosa no ano passado e tenho certeza de que todo esse conjunto vai estar unido para lhe reeleger como presidente estadual”, declarou o prefeito.

João Campos afirmou ainda que a união em torno da recondução de Sileno se dá por sua capacidade de “representar as pessoas, juntando o nosso partido nos quatro cantos do estado” com “humildade, unidade, força e lealdade”. “Eu lhe agradeço e já estou adiantando o meu voto em Sileno no Congresso Estadual”, completou.

Também em discurso, Sileno ressaltou a expectativa pela eleição do prefeito do Recife como presidente nacional do PSB, em congresso a ser realizado nos dias 30 e 31 de maio e 1º de junho, em Brasília. “O PSB de Pernambuco, que emprestou Miguel Arraes, Eduardo Campos e Ariano Suassuna, vai novamente emprestar ao Brasil um grande quadro, que é o prefeito João Campos. O PSB vai começar junho com um tamanho maior do que terminará maio”, afirmou.

26/03/2025 – Assessoria de Comunicação do PSB de Pernambuco

Com presença de João Campos, PSB Recife reúne militância em congresso municipal

Evento teve recondução de Gabriel Leitão como presidente municipal e anúncio da candidatura à reeleição de Sileno Guedes como presidente estadual do partido

Foto: Wesley D’Almeida

O PSB Recife realizou, na noite desta terça (25), o seu Congresso Municipal, que elegeu o Diretório e a Comissão Executiva do partido para o triênio 2025-2027. Na ocasião, o presidente municipal da sigla, Gabriel Leitão, foi reconduzido ao cargo por aclamação. O ato, que ocorreu na sede estadual do partido, na capital, foi prestigiado pelo prefeito João Campos (PSB), pelo presidente do PSB de Pernambuco, deputado Sileno Guedes, por deputados, vereadores e outros nomes da legenda.

“Agradeço a confiança do prefeito João Campos e de toda a nossa militância nesse processo de recondução. São nove anos cumprindo essa tarefa de conduzir e organizar o PSB aqui no Recife e estamos animados. Nosso foco é muito claro: queremos fortalecer a discussão com os segmentos, com as bases, para entregar resultado na vida das pessoas. Aqui no Recife, em Pernambuco e no Brasil, o PSB é o partido que mais entrega resultado para as pessoas”, declarou Leitão.

Ao discursar, João Campos elogiou a condução do partido no Recife e destacou os ideais que devem nortear a militância. “Não é algo que passa por um nome apenas, mas por um conjunto de forças e ideias que possam representar e mudar a vida das pessoas. Parabenizo o presidente Gabriel Leitão e fico feliz de ver isso registrado na história do nosso partido aqui na cidade: o PSB Recife é o partido que tem a maior bancada proporcionalmente em todas as câmaras municipais do Brasil. Isso mostra que o nosso time joga junto, que acerta no Executivo, mas também no Legislativo, e apresenta resultado”, declarou.

O prefeito externou ainda a felicidade de “ver o PSB se reunindo no Brasil inteiro”, mesmo “em um momento em que até pessoas que são da política dizem não acreditar nela”, e destacou que a luta do partido é “a do povo, a de quem muitas vezes não teve espaço de fala e de representatividade”. “Enquanto muita gente por aí vai ficar brigando nas tribunas, deixa a estridência na tribuna que a gente vai estar é com a poeira do povo, com a luta de quem precisa. Vamos estar do lado certo. Essa é a história do nosso partido: o compromisso com o fazer, e fazer bem feito”, complementou João Campos.

Ainda durante o congresso municipal, o deputado Sileno Guedes (PSB) teve sua candidatura à reeleição como presidente estadual do partido anunciada por João Campos. Em discurso, o dirigente ressaltou a expectativa pela eleição do prefeito do Recife como presidente nacional do PSB, em congresso a ser realizado nos dias 30 e 31 de maio e 1º de junho, em Brasília. “Pernambuco emprestou Miguel Arraes, Eduardo Campos e Ariano Suassuna e vai emprestar ao Brasil um grande quadro que é o prefeito João Campos. O PSB vai começar junho com um tamanho maior do que terminará maio”, disse Sileno.

O congresso municipal ainda teve falas do presidente da Câmara Municipal do Recife, Romerinho Jatobá (PSB) – que representou os vereadores Carlos Muniz, Chico Kiko, Eduardo Mota, Hélio Guabiraba, Rinaldo Junior e Zé Neto, também presentes –, da secretária nacional de Mulheres do PSB, Dora Pires, e de representantes da base da legenda.

Na ocasião, foram eleitos ainda os membros das Executivas dos sete segmentos organizados do PSB – Juventude, Mulher, Negritude, Movimento Sindical, Movimento Popular, LGBT e Inclusão. Também foram escolhidos os delegados e as delegadas que representarão o município no Congresso Estadual do partido, previsto para 5 de abril, no Recife.
Executiva Municipal do PSB Recife (2025-2027)

Presidente: Gabriel Leitão
Vice-Presidente: Victor Carvalho
Secretário-geral: Tyago Bianchi
1º Secretário: Rinaldo Júnior
2ª Secretária: Natália de Menudo
1ª Secretária de Finanças: Bianca Barbosa
2ª Secretária de Finanças: Beatriz Fernandes
Secretário de Comunicação: Gabriel Azevedo
Secretário de Organização: Carlos Muniz

Segmentos
Secretária de Mulheres: Aline Mariano
Secretária de Juventude: Lucilla Azevedo
Secretário do Movimento Popular: Clóvis Mário Dindão
Secretário da Negritude: Laudiniz Júnior
Secretária do Movimento LGBT: Chopelly Santos
Secretária do Movimento Sindical: Mariana Leite
Secretário da Pessoa com Deficiência/Inclusão: João Rocha

26/03/2025 – Assessoria de Comunicação do PSB de Pernambuco

Aniversário do Recife é marcado por entregas e anúncios de João Campos

Foto: Edson Holanda/Prefeitura do Recife

O aniversário de 488 anos do Recife foi celebrado com uma programação de entregas e anúncios do prefeito João Campos (PSB).

Na manhã desta quarta-feira (12), o gestor inaugurou uma creche-escola no bairro da Mustardinha, na Zona Oeste da cidade. O equipamento recebeu R$ 3 milhões em investimentos e tem capacidade para receber 300 crianças.

Em seguida, na Zona Sul, anunciou o início da duplicação da Ladeira da Cohab, que receberá aporte de R$ 11 milhões e beneficiará a mobilidade de cerca de 300 mil pessoas nos bairros da Cohab e do Ibura.

A programação ainda contou com a visita ao Restaurante Popular Naíde Teodósio, onde houve o corte de um bolo e uma festa inclusiva, a participação na abertura do seminário Conecta Recife e uma apresentação da Orquestra Sinfônica da capital pernambucana.

“Nosso Recife merece ser celebrado todos os dias. E hoje, principalmente, feliz aniversário, Recife! A gente te ama e não é pouco não”, declarou o prefeito.

12/03/2025 – Com informações da Prefeitura do Recife

João Campos defende unidade partidária e trabalho para unir pessoas para lutar por boas causas

Foto: Chico Ferreira

Durante a reunião do diretório nacional, nesta quinta-feira (6), o prefeito do Recife, João Campos, falou sobre os próximos desafios que o partido vai enfrentar, e destacou a importância de trabalhar com afinco para construir o próximo congresso nacional do PSB de forma sólida e representativa. O encontro será realizado nos dias 30 e 31 de maio e 1º de junho, em Brasília. “Eu sei do tamanho desse desafio. Acho que a gente vai ter uma oportunidade de construir um bonito congresso, de buscar conversar com todo mundo, de fazer, a partir de hoje, o dever de casa, de estar procurando todos os diretórios, de poder conversar, ouvir e fazer uma caminhada que possa trazer o sentimento que o nosso partido tem, que é de ser um espaço ativo, um espaço que represente esperança”, disse, após ter sua candidatura à presidência do PSB lançada pelo presidente nacional Carlos Siqueira.

O prefeito mencionou quadros qualificados do partido, que têm a capacidade de representar amplas camadas da população e assumir grandes responsabilidades, e destacou o desafio de dar continuidade ao bom trabalho de líderes socialistas, como o presidente Carlos Siqueira. Para João Campos, esta será uma tarefa que exigirá “humildade e a colaboração de todos”.

“A gente vai precisar muito da força do diretório para construir, para compartilhar a responsabilidade. Não é fácil poder dar continuidade a um trabalho de alguém com tanta responsabilidade, carinho, afeto e respeito ao partido. Então, de fato, de forma muito humilde, eu vou querer pedir a ajuda de todo mundo, pedir a confiança e ficar certo de que essa é uma tarefa que é muito pesada para alguém carregar sozinho”, disse o socialista, que participou virtualmente da reunião.

O prefeito do Recife ressaltou ainda a necessidade de unidade do partido, “de juntar as pessoas”, e a importância de se conectar com o povo e com as boas causas. “É o jeito PSB de governar, é um jeito que olha para o social, olha para a inclusão, olha para um Estado justo, mas olha para um caminho adjacente, um caminho que tem a capacidade de modernizar, de aglutinar força, de não fazer o óbvio, de buscar ter representatividade em diversas esferas sociais e buscar fazer o que a gente espera, que é o que deve ser feito, que é melhorar a vida das pessoas e fazer a política juntando”, ressaltou.

06/02/2025 – Assessoria de Comunicação do PSB Nacional

Perfil no jornal O Globo mostra João Campos como player nacional

Foto: Rodolfo Loepert

O jornal O Globo publicou neste domingo (26/01) um perfil detalhado do prefeito do Recife, João Campos (PSB), destacando sua evolução como gestor e figura política de projeção nacional, com uma influência crescente dentro e fora de Pernambuco. Na série de perfis que leva o nome de “Persona”, feita por colunistas, editores e repórteres sobre as figuras mais relevantes do país, o periódico também enfatiza o domínio da comunicação digital por parte de João Campos.

A reportagem, que dedica três páginas inteiras a traçar o perfil do prefeito, ressalta a sua rotina intensa. “Aos 31 anos, se orgulha de ter realizado mais de 1.300 agendas em cerca de 1.200 dias de mandato. Desde visitas a obras e reuniões institucionais até compromissos políticos nacionais, João Campos se mantém ativo e conectado com a população. Com 2,8 milhões de seguidores no instagram, ele se tornou referência em comunicação digital entre prefeitos brasileiros”, frisa o jornal, que cita inclusive a recente convocação do presidente Lula para que João Campos ajude na estratégia digital do governo federal.

João tem defendido uma comunicação ágil e simbólica, entendendo que, no mundo atual, mensagens curtas e diretas são mais eficazes do que longos discursos. Segundo O Globo, essa forma de atuar, somada ao grande conjunto de entregas na educação, saúde e infraestrutura o levou a conquistar a reeleição em 2024 com o histórico resultado de 78% dos votos.

Atualmente, observa o repórter que acompanhou o prefeito em agendas pela rua, as pessoas já lhe veem como nome não só para o Governo de Pernambuco, mas também para a presidência da República.

A reportagem afirma que Campos deve disputar o cargo de governador em 2026 e que já desponta com 64% dos votos contra 22% da atual governadora na última pesquisa eleitoral feita no estado, embora o próprio chefe do Executivo Municipal mantenha cautela sobre o assunto.

Além disso, são citadas a linha do tempo de João, com conquistas de grande dimensão – a exemplo da votação recorde para a Câmara Federal em 2018, a relação com a família e a sua namorada – a deputada federal Tabata Amaral, a referência no pai e bisavô – Eduardo Campos e Miguel Arraes, entre outros temas. Na conclusão, o jornal o coloca como um político moderno, com carisma, forte poder de comunicação digital e atuação efetiva traduzida em projetos e obras concretas, entregas que marcaram os últimos anos da capital pernambucana.

Confira a reportagem na íntegra:

João Campos: a esquerda de novo visual

Por Caio Sartori

Sob o sol de 15 de janeiro numa comunidade do bairro de Água Fria, Zona Norte do Recife, uma suada senhora evangélica, vestindo uma camiseta da Assembleia de Deus, não escondia a euforia antes de pedir uma foto.

— Quero ver o rosto do homem! Já vi muito o do pai e o do avô — gritou ao lado do rapaz de olhos azuis e nariz avantajado. — Vai virar governador! — vaticinou um outro apoiador.

Quando percorre as ruas da cidade — sempre de camisa de manga curta, jeans e tênis esportivo —, o jovem tratado como celebridade se depara a todo momento com ecos do passado e projeções sobre o futuro. Aos 31 anos, o prefeito do Recife é hoje mais João do que Campos, mas não deixa de ser o bisneto de Miguel Arraes e o filho de Eduardo Campos, os dois políticos mais vivos na memória pernambucana. Reeleito com 78% dos votos, também já escuta aos montes gritos que o colocam na disputa do ano que vem pelo Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado comandado pelo bisavô em diferentes momentos dos anos 60, 80 e 90, e pelo pai entre 2007 e 2014.

É assim todo dia, e os dias são longos. O mais jovem prefeito de uma capital brasileira se gaba de ter realizado mais de 1.300 agendas em cerca de 1.200 dias de mandato, numa média de mais de uma por dia. Em uma terça-feira de janeiro, começou às 6h em visita a obras de contenção de encostas, passou por reuniões internas e voou para o velório do pai do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), em Alagoas. À noite, deu entrevista, cortou o cabelo e se reuniu com três secretários já de visual novo. Quando saiu da prefeitura, um destacado prédio alto no Recife Antigo, era madrugada de quarta-feira. Como é de praxe após todos os atos da rotina profissional, registrou com orgulho nas redes sociais o horário de encerramento do expediente. “Nada vence o trabalho”, escreveu na selfie em que aparece sorridente.

Todos os passos de João são seguidos de perto por um assessor que o filma com o celular, mas o próprio prefeito planeja cerca de 80% do que publica nas redes. É na arena digital, na qual a direita dá de goleada na esquerda, que agiu como uma espécie de consultor para o governo Lula na semana da crise do Pix.

Naqueles dias, o “prefeito TikTok” foi chamado a Brasília e deu pitacos na área em que ostenta números relevantes. São 2,8 milhões de seguidores no Instagram, o maior montante entre todos os comandantes de cidades do Brasil e quase o dobro da população recifense, que é de 1,5 milhão de pessoas. Integrantes da equipe de João passaram a compor o time do novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, e o estrategista de sua campanha de reeleição, Rafael Marroquim, também desembarcou por uma semana na capital federal para ajudar o Planalto.

— O principal é ter conexão e sinergia com o povo, e Lula tem isso como poucos. O desafio é entender que no mundo de hoje é preciso ser mais rápido, mais simbólico, não tem direito a falhas. Estamos falando de um tempo na comunicação digital que tem a força do Reels, de um bumper, uma propaganda de cinco segundos no máximo no YouTube. Se você fizer um pronunciamento de uma hora, ninguém vai ver o que você falou, mas vão ver a falha de cinco segundos que cometeu — avalia João Campos, em claro recado à língua do presidente.

O prefeito constrói o “simbólico” de que tanto fala nas redes sociais, e o momento de virada se deu no carnaval de 2024. Era verão, mas nevou no Recife: instigado pela turma do bregafunk, o gênero musical nascido na periferia da cidade, descoloriu o cabelo e dançou com óculos Juliet, dois símbolos das regiões mais pobres. Com o gesto, ganhou centenas de milhares de seguidores em poucos dias, transcendendo as fronteiras recifenses e alcançando outras cidades do estado e do país.

— O que me fez nevar foi que quem neva são os jovens periféricos que pintam o cabelo para brincar o carnaval, e parte da sociedade vê isso com preconceito. Eu fiz como ato de manifesto social, para dizer que quem é da periferia tem nosso respeito — afirma. — Foi um verdadeiro sucesso. É um tempo do símbolo. Não precisei explicar, as pessoas entenderam.

A parceria de hoje entre João Campos e PT esconde um passado de atritos. Em 2014, quando o pai, então candidato a presidente, morreu em um acidente aéreo, ele fez campanha para Aécio Neves (PSDB) contra Dilma Rousseff (PT) no segundo turno presidencial. Dois anos depois, a maior parte do PSB abraçou o impeachment de Dilma, e o partido entrou com cargos no governo Michel Temer (MDB). Quando Lula estava preso em Curitiba no auge da operação Lava-Jato, era daqueles que achavam que a esquerda deveria buscar alternativas. O partido chegou a flertar com a candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa.

Hoje, João tem olhar mais crítico sobre esse passado:

— Não participei das decisões, mas acho que de fato foi um momento histórico muito ruim para o Brasil, e tenho certeza que se meu pai estivesse ali nada disso teria acontecido. Até porque ele seria presidente do país. O PSB já disse que hoje não tomaria a mesma medida, eu certamente não tomaria. Mas o principal é que o partido já superou isso, e o PT também, ou Lula não teria Geraldo Alckmin como vice — afirma em relação ao ex-tucano, agora filiado ao PSB.

João se orgulha de ter uma foto com 1 ano de idade nos braços do presidente, e de, aos 7, ter matado aula para encontrar o petista na casa de Arraes. Classifica Lula como um personagem de tamanho único no Ocidente: a maior liderança do passado e do presente, além de esperança para o futuro. Conta com este ativo — somado ao imaginário político sobre a família e à bem avaliada gestão na capital — para cativar os pernambucanos em 2026. Ele não confirma ainda se será candidato ao governo, mas sabe que a questão será martelada por jornalistas e apoiadores ao longo do ano.

— O próprio fato de a pergunta ser feita em toda entrevista traz um sinal. Se ela é feita, é porque as pessoas acreditam que o caminho pode ser esse. Mas na política há tempo, há prazo, e o momento não é esse. O ano da eleição é 2026.

Um sinal do desejo de disputar o governo do estado foi a escolha do vice da chapa de reeleição, no ano passado. Victor Marques, que se filiou ao PCdoB, é amigo de João desde o primeiro período de faculdade na UFPE. Assim como o aliado, Marques vem de uma família com histórico político, mas bem mais humilde: o pai foi vereador no município de São José do Belmonte, no sertão pernambucano, terra de pouco mais de 30 mil pessoas.

Durante o primeiro mandato de João, o agora vice e secretário de Infraestrutura, pasta de grande visibilidade, trabalhou como chefe de gabinete. Na prefeitura, sabia-se que, quando se ouvia Victor, deveria se ouvir João. É o braço direito inconteste do prefeito e vem sendo a cada dia mais projetado na rotina municipal, uma forma de ganhar capital político antes de se sentar na cadeira em 2026.

Na próxima eleição estadual, o embate tende a ser entre João Campos e a atual governadora, Raquel Lyra, do PSDB. Há meses, Raquel negocia migrar para o PSD, que corteja o PT no estado a fim de neutralizar a parceria entre Lula e o prefeito. Pesquisa Quaest de dezembro do ano passado mostra João com quase o triplo das intenções de voto a menos de dois anos da eleição: 64% a 22%. O prefeito evita falar tão mal da provável futura rival, mas solta críticas indiretas.

— As pessoas querem resultados. Estamos num tempo em que o simbólico é muito importante, mas o concreto também. Não adianta falar e não fazer. As pessoas querem ver o resultado. Isso faz toda a diferença na hora da indicação de voto. Eleição é comparação.

Nenhuma comunicação é capaz de segurar sozinha uma avaliação de governo tão alta como a dele, afirma João. É preciso ter entrega. Orgulha-se das “três obras por dia em área de morro”, do aumento de vagas em creche e do “investimento recorde ano a ano”, além do monitoramento rigoroso de metas e da digitalização de serviços. A cidade virou de fato um canteiro de obras, sempre com placas chamativas para reivindicá-las politicamente: “Mais uma obra da prefeitura”, “A prefeitura do Recife está trabalhando aqui” e outros avisos do tipo pululam em todo canto.

Os críticos o chamam de “o prefeito moderno, mas que sabe usar a velha lógica de máquina”. No início do ano, houve aumento de 25% no número de cargos comissionados na cidade, com impacto de R$ 65 milhões. Existem mais contratados dessa modalidade na administração municipal do que na estadual.

Duas vitrines do prefeito entraram nos últimos meses no radar do Tribunal de Contas do Estado, que apontou possíveis superfaturamentos e outras irregularidades no Parque da Tamarineira e no Hospital da Criança. A prefeitura afirma que os itens destacados no documento sobre o hospital “estão sendo cuidadosamente analisados, e as informações técnicas necessárias estão sendo levantadas para subsidiar a resposta”. O relator no tribunal é Marcos Loreto, primo da mãe de João. No caso do parque, a gestão rechaça os argumentos do TCE e garante que todo o processo licitatório foi feito de forma correta e até mais econômica do que o sugerido pela auditoria.

Na política, escreveu certa vez a historiadora Angela de Castro Gomes, funerais costumam provocar uma “alegoria às avessas”: ao invés de uma ideia ser dotada de um corpo, um corpo passa a representar uma ideia.

O enterro de Eduardo Campos, em plena campanha presidencial de 2014 e um dia depois de o candidato ser entrevistado no Jornal Nacional, é considerado por muitos em Pernambuco o momento em que a ideia simbolizada por ele não só se imortalizou, como passou a habitar outro corpo.

Diante de toda a dor no funeral, recorda um integrante da família, o mais velho dos filhos homens do ex-governador logo incorporou o papel de herdeiro político. Ao mesmo tempo em que se despedia do corpo do pai, era o único capaz de ter a frieza de cumprimentar os apoiadores que faziam fila para chegar perto do caixão.

— Ali ficou cravado que ele seria o sucessor político da família — afirma o presidente do PSB, Carlos Siqueira, que assumiu o partido até então chefiado por Eduardo Campos.

Foi depois da morte do pai, com Marina Silva encabeçando a chapa e Paulo Câmara concorrendo ao governo estadual pelo PSB, que João fez campanha em palanques pela primeira vez.

— É como se disséssemos que nossa bandeira não ficaria a meio mastro. Meu pai não gostava de nada triste, a última coisa que queria era a família dele de cabeça baixa. Decidimos fazer o que ele faria. Eu nunca tinha feito um comício político, fiz o primeiro 15 dias depois de ele ter falecido. Meu primeiro discurso foi em Caetés, onde Lula nasceu. Em 20 dias, fui a 44 cidades do estado — relembra o prefeito.

Sempre que falam do ambiente da casa nos tempos de Eduardo governador, os olhos dos Campos brilham. Era um permanente evento político, e por lá passaram todas as grandes figuras da República. O pernambucano Lula a visitou sete vezes em um mesmo ano, na esteira de agendas presidenciais no Recife.

O escritor Ariano Suassuna, tio-avô de João, era sempre convidado quando o petista aparecia, e o cardápio incluía clássicos da culinária local: carne de sol, macaxeira, feijão verde e bolo de rolo. Para ajudar a descer a fartura, uísque, o mesmo destilado que João, iniciado na bebedeira apenas aos 23 anos, tem hoje como quitute alcoólico favorito.

Se o pai é a grande referência política, de Arraes João se recorda mais como bisavô do que como figura mítica da esquerda brasileira, o homem cassado pela ditadura que partiu para o exílio e voltou para cumprir outros dois mandatos de governador. O reconhecimento do tamanho do “Pai Arraia” na política pernambucana se deu com o tempo e nas ruas, onde os mais velhos se emocionam quando veem “o netinho de Arraes”.

Pai e filho haviam selado um acordo: enquanto Eduardo estivesse na política, João não disputaria eleições. Na esteira da morte, teve quem incentivasse o então jovem de 20 anos a cobiçar uma cadeira de deputado federal já naquele processo eleitoral, o que exigiria que algum outro candidato da nominata do PSB desistisse. Ele recusou: preferiu terminar a faculdade e esperar quatro anos para se colocar nas urnas.

Formou-se em Engenharia, vocação notada ainda na infância e da qual se vale hoje para detalhar obras da cidade. Quando criança, João andava pela casa dos pais, no bairro Dois Irmãos, com uma caixa de ferramentas para lá e para cá. Gostava de consertar tudo o que via pela frente — incluindo relógios antigos, que desmontava e montava “para entender como funcionava”.

Os slogans de João em campanhas narram a história política que construiu de 2018 para cá. Começou como “filho da esperança” quando concorreu a deputado federal, passou por “a esperança (que) se renova” na primeira vitória para o Executivo municipal e virou, enfim, “meu prefeito”.

A mãe, Renata Campos, costuma contar uma anedota que também ilustra a passagem de bastão na política pernambucana. Diz que era conhecida como a mulher de Eduardo, até que virou a viúva de Eduardo. Agora, é a mãe de João.

João é inquieto. Quando senta para conversar, as mãos se mexem com frequência. Afagam as pernas ou se embrenham uma na outra. Orgulhoso da rotina insana de trabalho, tem como hobby a corrida, que o ajuda a desopilar. Foram duas meias maratonas concluídas no ano passado, mas admite que, desde a reeleição, anda meio “fuleiro” com os treinos.

É teimoso, obsessivo, perfeccionista, exigente, workaholic, e por aí vai — palavras de todos que falam de João, além do próprio. Sobre ele, no entanto, não se ouvem críticas voltadas para o temperamento. Ao contrário do pai, avaliam aqueles que conheceram os dois Campos, não é “temperamental”.

Fora do padrão na política, o prefeito mora sozinho, uma solidão caseira que se dá pela distância física da namorada, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP). Os amigos que analisam a entrada de Tabata na vida de João, assim como ele mesmo, citam como maior impacto o estímulo ao estudo e a ser mais questionador. Com vidas em cidades diferentes, os dois tentam se ver aos fins de semana, seja em Brasília, São Paulo ou Recife.

João é bisneto, mas na boca do povo virou neto do ex-governador. Neta mesmo é Marília Arraes, a prima de Eduardo Campos que, brigada com o outro lado da família em 2014, sequer foi ao funeral. Seis anos depois, João e Marília protagonizaram uma eleição municipal — ele pelo PSB, ela pelo PT — que rachou os dois núcleos, com ataques na linha da cintura.

Foi Marília quem começou a trocação, mas João, à época com 26 anos, mostrou no segundo turno que, apesar da cara de bom moço, era capaz de acirrar a guerra familiar para vencer o jogo. Chegou a contar com Silas Malafaia, pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e um dos principais líderes religiosos do universo bolsonarista, para pregar voto contra a então petista, hoje dirigente estadual do Solidariedade. Ao mesmo tempo, fez uma campanha em que pintou Marília como alguém de ideias mirabolantes e inviáveis. Deu certo, e o resultado foi uma vitória até confortável: 56% a 44%.

Parte dos ataques cara a cara se concentrou em acusações de corrupção envolvendo os respectivos partidos, que volta e meia se bicam no Recife em busca de protagonismo. Depois que a candidata que carregava o nome Arraes citou operações da Polícia Federal contra o então prefeito Geraldo Júlio, do PSB, o de sobrenome Campos mencionou suspeitas de “rachadinha” no gabinete da prima e disse que “em relação ao PT, não cabe nos dedos das duas mãos quantos gestores presos têm no Brasil”. Declaração impensável para o João de hoje.

A reconciliação entre os primos só veio em 2022, quando o palanque de Lula em Pernambuco fez os dois ficarem frente a frente pela primeira vez desde então, e foi o próprio petista quem intermediou o encontro. Mas, depois daquela traumatizante eleição municipal, a relação entre os Campos e os Arraes nunca mais foi a mesma, a despeito da paz restabelecida.

Hoje, tanto João como Marília têm irmãos com mandatos na Câmara dos Deputados, Pedro Campos (PSB) e Maria Arraes (Solidariedade), ambos orbitando os 30 anos. Em Pernambuco, os dois sobrenomes são uma espécie de passaporte para a política, e Pedro e Maria foram eleitos com mais de 100 mil votos cada em 2022.

João tem ainda outros três irmãos: a única mais velha, Duda, e os mais novos, Zé e Miguel, até o momento sem experiência eleitoral. Ele e Pedro sempre foram os mais interessados nas conversas políticas do pai.

Em maio, o prefeito vai assumir a presidência nacional do PSB, apesar de ainda adotar cautela ao falar da missão, outra que o pai e o bisavô cumpriram por vários anos. À frente da sigla, lidará com a construção do processo eleitoral de 2026, enfrentando pela primeira vez dilemas de outros estados e, sobretudo, impondo pressão para Lula manter Geraldo Alckmin como vice na chapa de reeleição.

— Isso é uma prioridade do partido. Quando fizemos a aliança com Lula, o maior partido a apoiá-lo foi o PSB. Nenhum dos grandes partidos que hoje têm ministérios apoiou Lula — observa. — E tenho certeza que muitos também não coligarão no ano que vem. Isso é uma disfunção, claro que é, mas para resolver não é simples. Hoje o modelo de representação no Congresso quase que exige que isso seja feito.

Insistente na tese de que é preciso “ouvir o povo”, João é há bastante tempo crítico do protagonismo das chamadas pautas identitárias na esquerda. Ainda em 2021, quando começava a se reaproximar de Lula, disse ao GLOBO que “os problemas e as soluções do Brasil não estão nessas pautas puramente identitárias ou ideológicas”, e que era necessário tirar o debate desse campo, no qual o bolsonarismo cresce. Prega que as energias estejam concentradas nas políticas públicas mais amplas.

Outra crítica que fez a parcelas da esquerda, esta diretamente ao aliado Lula, foi à visita pomposa do venezuelano Nicolás Maduro ao Planalto. O episódio exemplifica o que o prefeito considera deslizes do governo que dão munição para opositores desviarem o foco do que importa.

Os casos do passado recente do partido, nos anos de turbulência da política nacional e também nas brigas locais, evidenciam que, a exemplo do pai, João nutre uma relação mais sólida com Lula do que com o PT. Ex-ministro de Ciência e Tecnologia do petista antes de virar governador, Eduardo resolveu, afinal, tentar a presidência contra Dilma.

Quando é perguntado sobre o cenário para 2026 se o atual presidente não disputar a reeleição, o futuro chefe máximo do PSB evita projetar outros nomes e considerar conjunturas.

— Lula é o nome natural, e o que torço e espero é que ele seja candidato — limita-se a dizer.

Sem ter sequer os 35 anos necessários para disputar a Presidência da República, João é considerado a grande aposta nacional do PSB, o elo entre o sonho interrompido de Eduardo Campos e o futuro. Enquanto corta o cabelo — sem “nevar”, ao menos até o próximo carnaval — com Weydson Alves, que vai todo mês à prefeitura prestar o serviço, conversas descontraídas sobre o passado e o horizonte político do prefeito tomam conta da sala, incluindo projeções presidenciais.

Se dependesse de Weydson, fã dos slogans políticos da família Campos, o bordão para a eventual candidatura ao Planalto já estaria definido: “João Campos, a sorte do Brasil”, vislumbra, arrancando o sorriso do prefeito diante de um quadro na parede em que o pai também sorri.

27/01/2025

PSB inicia 2025 reunindo as expectativas do povo sobre o futuro, diz Sileno

Presidente estadual do PSB agradeceu a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores que encerram mandatos e destacou o potencial das gestões e legislaturas que estão para começar

Foto: Wesley D’Almeida/Arquivo

O presidente do PSB de Pernambuco, deputado Sileno Guedes, agradeceu, nesta terça-feira (31), a prefeitos e prefeitas, vice-prefeitos e vice-prefeitas, vereadores e vereadoras filiados ao partido que estão terminando seus mandatos. O dirigente ressaltou que, graças a esses quadros, diversas transformações ficarão como legado após quatro anos de trabalho. Sileno avaliou ainda que o PSB inicia 2025 reunindo em torno de si as expectativas da maior parte da população pernambucana sobre o futuro, dado o potencial das novas gestões e legislaturas que começam e ao fato de a sigla governar o maior número de habitantes no estado.

“Os últimos quatro anos foram intensos e deixarão um legado de muitas realizações nos municípios pernambucanos. Nossa gratidão a todas e todos que levaram os ideais do partido nesse ciclo que está terminando”, afirmou o presidente, saudando também os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores que iniciam ou darão continuidade a seus mandatos em 2025, a exemplo do prefeito do Recife, João Campos (PSB), reeleito em 2024 com o maior percentual de votos da história da capital pernambucana.

“O PSB conclui 2024 fortalecido, tendo obtido uma vitória inconteste no Recife com o prefeito João Campos, que inicia seu segundo mandato consolidado como grande liderança no nosso partido não só em Pernambuco, mas no Brasil. E, mesmo na oposição estadual, reunimos um time robusto de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores que acreditam no projeto que nosso conjunto político defende. O PSB reúne em torno de si uma série de expectativas da população sobre o potencial das novas gestões e legislaturas. É com esse anseio por um futuro melhor em Pernambuco e no Brasil que começamos o ano”, declarou.

31/12/2024 – Assessoria de Comunicação do PSB de Pernambuco

Prefeito João Campos é empossado na Câmara Municipal do Recife

Foto: Rodolfo Loepert

O prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), foi empossado em solenidade realizada na Câmara Municipal nesta quarta-feira (1º). Ao lado do vice-prefeito, Victor Marques (PCdoB), e de 37 vereadores e vereadoras que também tomaram posse, o gestor reafirmou o compromisso de levar a cidade a um tempo de avanços ainda mais significativos que os dos últimos anos.

“Gratidão a gente retribui com trabalho. E saibam que eu vou seguir me dedicando muito à nossa cidade. Não tem dia, nem hora. Tem compromisso assumido”, afirmou João Campos, citando metas para educação, saúde e infraestrutura assumidas durante a campanha eleitoral e que serão trabalhadas na gestão que está começando.

Com o título de prefeito mais jovem eleito entre as capitais brasileiras na história do país, aos 27 anos, João Campos, agora com 31, consolidou sua vitória no 1° turno das últimas eleições municipais com o recorde histórico de 78,11% dos votos válidos. Durante a sua fala, o gestor destacou os marcos de sua gestão e já falou como pretende avançar com mais ações exitosas.

“Uma cidade só avança quando busca a igualdade de oportunidades. Como fizemos ao longo dos últimos quatro anos, teremos 50% das mulheres assumindo os cargos de liderança da Prefeitura do Recife. (…) Os novos espaços urbanos irão avançar por ainda mais bairros e regiões, fazendo o convite permanente à população para viver a cidade. Vem aí as novas etapas do Parque da Tamarineira, o Parque do Aeroclube, de Roque Santeiro, de Tejipió e, também, o novo parque de Cajueiro. (…) A expansão com atenção básica, obrigação constitucional, dará novos passos à frente, com a chegada de novas estruturas e mais profissionais para um cuidado cada vez mais transversal. Seguimos em ritmo acelerado com construção do Hospital da Criança, a maior obra pública de saúde em toda a Região Metropolitana, que fica pronto em 2025. (…) A educação seguirá como passaporte para o futuro, mudando a história de uma geração. Se foi possível sonhar e dobrar o número de vagas de creche, fazendo em quatro anos mais do que foi feito em 40 anos, agora teremos a oportunidade de triplicar. (…) Se batemos recorde na proteção de famílias em área de morro, atendendo a mais de 40 mil pessoas, a hora é de seguir em frente, intensificando todo esse cuidado”, frisou.

01/01/2025 – Com informações da Prefeitura do Recife

PSB foi o partido que mais cresceu na esquerda, avalia Carlos Siqueira

Confira abaixo a íntegra da reportagem “PSB de Alckmin, Tabata e João Campos ganha pontos em meio à queda na esquerda”, publicada no site da Folha de S. Paulo, no dia 27/12/2024:

Foto: Aaron Phillipe

O PSB (Partido Socialista do Brasil) foi a sigla da esquerda que mais elegeu prefeitos em 2024. Com 312 eleitos, a legenda ficou à frente do mais tradicional partido da esquerda brasileira, o PT (252 prefeituras), e de outros menores, como PDT, Rede e PC do B.

O resultado representa um aumento de 24% em relação às prefeituras conquistadas em 2020, quando a sigla emplacou 252 dirigentes em Executivos municipais.

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, diz ver uma recuperação da sigla, que perdeu espaço depois da morte do então presidenciável Eduardo Campos, em 2014.

“A morte de Eduardo Campos, depois a vitória de [Jair] Bolsonaro e a deterioração política do cenário democrático impactou todos os partidos, principalmente os de esquerda. O PSB tendia a crescer e aí você se depara com um cenário de ameaça à democracia”, afirmou.

Partido do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Empreendedorismo, Márcio França, a legenda tem 14 deputados e três governadores em exercício. No ranking de prefeituras de 2024, ficou na sétima posição. Os primeiros lugares do pódio são ocupados por partidos de direita ou centro-direita, sendo o PSD o grande vencedor, com 887 prefeitos.

O auge do PSB ocorreu em 2012, quando emplacou 444 prefeitos, tornando-se a legenda com maior número de capitais. Nesta época, o partido começou um movimento para lançar candidatura própria à Presidência da República. Em 2013, deixou a base do governo Dilma Rousseff (PT), entregando dois ministérios.

Campos, que na época estava à frente do PSB como presidente, além de governar o estado de Pernambuco, buscou unir o partido em seu plano de candidatura a presidente.

“Sua morte alijou o PSB de sua principal figura, do principal projeto político eleitoral que permitiria ao partido uma projeção nacional que ele não havia conhecido desde a redemocratização. Agora, parece que, com a ascensão de João Campos, o partido recuperou, de certa forma, um norte político mais definido”, afirma o historiador Herbert Anjos, autor do livro “Socialismo e Liberdade – Uma História do PSB”.

Ele diz que, desde os anos 2000, o PSB adotou uma estratégia de crescimento eleitoral que não tinha a questão da afinidade ideológica como central, para ampliar o número de prefeitos e a bancada parlamentar.

A legenda chegou a abrigar figuras conhecidas à direita, como o então presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) Paulo Skaf e o deputado federal Pastor Isidório, no mesmo momento em que faziam parte da sigla o ex-ministro Roberto Amaral e a deputada federal Luiza Erundina, identificados com a esquerda.

Depois da morte de Campos, a abertura para nomes que não eram alinhados à esquerda no espectro político se ampliou.

Ainda, em votações-chave no Congresso Nacional, como a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Teto de Gastos, o PL (Projeto de Lei) das terceirizações e o impeachment de Dilma, o PSB votou junto aos partidos situados na centro-direita.

A ascensão de Bolsonaro ao Palácio do Planalto foi uma virada de chave e estimulou o retorno ao alinhamento com partidos como o PT. Nas eleições de 2022, aderiu ao que Lula chamou de “frente ampla”, indicando o vice na chapa, Alckmin, ex-tucano.

“A própria força político-eleitoral de Lula exerceu uma forte influência gravitacional dentro da centro-esquerda da qual o PSB dificilmente poderia escapar. Lula era o único candidato com liderança consolidada e densidade eleitoral para derrotar Bolsonaro”, diz Herbert.

Siqueira afirma que o partido é “independente” e continua a discordar de pautas associadas à esquerda, como a questão da Venezuela.

Ainda, no atual manifesto do partido, há uma crítica aos governos de esquerda que comandaram o Brasil. “Mesmo a esquerda – da qual o PSB é parte- não implementou as reformas estruturais necessárias à transformação da sociedade”, diz o documento.

Um trunfo do partido é o desempenho de quadros novos, como o prefeito do Recife e filho de Eduardo, João Campos, e a deputada federal Tabata Amaral (SP).

João Campos, 31, foi reeleito com uma das maiores votações no país (78,1%), em primeiro turno. Tabata, 31, disputou as eleições em São Paulo, e ficou em quarto lugar – mas conseguiu aumentar sua projeção.

“Acho que na esquerda há uma carência grande de novas lideranças, enquanto prolifera na extrema direita figuras expressivas”, diz Siqueira.

Com o fim do mandato em 2025, Siqueira escolheu João Campos como sucessor. O prefeito é tido como de bom desempenho nas redes sociais, ambiente que costuma ser dominado por figuras da direita como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o ex-candidato a prefeito Pablo Marçal (PRTB).

Para oficializar a transição, João Campos precisa ser aprovado em votação pela Executiva Nacional do PSB, que já tem data para acontecer: 30 e 31 de maio de 2025.

O prefeito diz que o papel do partido daqui para frente é “continuar buscando novos caminhos e alternativas para o enfrentamento de velhos problemas”. Citando como exemplo a namorada Tabata, João Campos diz que a nova geração do PSB representa novas práticas e formas de construir a política.

Para a eleição de 2026, o partido precisará superar um obstáculo: aliados de Lula vão pleitear a vaga de vice na chapa, tirando o espaço hoje de Alckmin. Um dos nomes cotados é o do atual governador do Pará, Helder Barbalho, do MDB.

27/12/2024 – Assessoria de Comunicação do PSB Nacional