Prefeito Sivaldo Albino anuncia programação nacional do FIG

Foto: Vinicius Vilela

Com 120 dias de antecedência, o prefeito Sivaldo Albino (PSB) anunciou toda a programação nacional do Festival de Inverno de Garanhuns.

Grandes nomes da música popular brasileira vão compor a grade, que contará com forró, sertanejo, trap, rap, reggae, brega, mpb, pop rock e muito mais.

“Sem sombra de duvidas essa será a Maior, Melhor e Mais Intensa edição da história dos Festivais de Inverno, que completa 35 anos de história com 33 edições”, declarou o prefeito.

A programação anunciada pode ser conferida no perfil oficial do festival: @figgaranhunsoficial

14/03/2025 – Com informações da Prefeitura de Garanhuns

Vem aí o Congresso Municipal do PSB Recife

Atenção, militância socialista! Está convocado o Congresso do PSB Recife, com data marcada para o dia 25 de março, a partir das 14h, na sede estadual do partido. Junto aos nossos segmentos organizados, discutiremos sobre nossa cidade e a atuação da sigla no próximo triênio.

💛 Congresso do PSB Recife
📆 25 de março de 2025, a partir das 14h
📍 Sede do PSB PE

Aniversário do Recife é marcado por entregas e anúncios de João Campos

Foto: Edson Holanda/Prefeitura do Recife

O aniversário de 488 anos do Recife foi celebrado com uma programação de entregas e anúncios do prefeito João Campos (PSB).

Na manhã desta quarta-feira (12), o gestor inaugurou uma creche-escola no bairro da Mustardinha, na Zona Oeste da cidade. O equipamento recebeu R$ 3 milhões em investimentos e tem capacidade para receber 300 crianças.

Em seguida, na Zona Sul, anunciou o início da duplicação da Ladeira da Cohab, que receberá aporte de R$ 11 milhões e beneficiará a mobilidade de cerca de 300 mil pessoas nos bairros da Cohab e do Ibura.

A programação ainda contou com a visita ao Restaurante Popular Naíde Teodósio, onde houve o corte de um bolo e uma festa inclusiva, a participação na abertura do seminário Conecta Recife e uma apresentação da Orquestra Sinfônica da capital pernambucana.

“Nosso Recife merece ser celebrado todos os dias. E hoje, principalmente, feliz aniversário, Recife! A gente te ama e não é pouco não”, declarou o prefeito.

12/03/2025 – Com informações da Prefeitura do Recife

PSB vai às ruas com dois blocos no Carnaval de Pernambuco

Foto: Roberto Pereira/Arquivo

Por mais um ano, o PSB se juntará aos foliões para vivenciar a alegria do Carnaval de Pernambuco e reforçar mensagens importantes para a sociedade. Dois blocos ligados ao partido estarão nas ruas, a começar pelo Mamas Saudáveis, que chegará à 14ª edição percorrendo o Bairro do Recife nesta quarta-feira (26), às 16h. Já o Segura a Pomba, que também já é tradição em Olinda, vai sair na próxima terça (4), no mesmo horário, com homenagens a nomes ligados à política da cidade.

O Mamas Saudáveis terá concentração na Avenida Rio Branco, em frente à Bodega do Veio, em esquenta com a participação de Bia Marinho e da Orquestra de Frevo “Só Mulheres”. O bloco é beneficente e, todos os anos, arrecada kits de higiene pessoal femininos na troca de camisas. Os donativos serão encaminhados a uma instituição de apoio a mulheres em tratamento de câncer de mama. A iniciativa do desfile é da Secretaria de Mulheres do PSB de Pernambuco.

Já o Segura a Pomba, promovido pelo PSB de Olinda, vai se concentrar na Praça do Fortim do Queijo e terá como homenageados o presidente do PSB de Pernambuco, deputado Sileno Guedes, que é cidadão de Olinda, o deputado federal Pedro Campos (PSB), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação e ex-prefeita da cidade, Luciana Santos (PCdoB), o ex-vereador Vinicius Castello (PT) e o ex-superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Gilberto Sobral, falecido em dezembro.

26/02/2025 – Assessoria de Comunicação do PSB de Pernambuco

 

Ednaldo Moura Jr. é o novo superintendente da SPU em Pernambuco

O gestor governamental Ednaldo Moura Jr. (PSB) é o novo superintendente da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) em Pernambuco. A designação foi publicada esta semana no Diário Oficial da União.

A SPU é o órgão do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos responsável pela administração do patrimônio da União.

“É um desafio que aceitei com muita satisfação. Cuidar do patrimônio da União, que é de todos os brasileiros, e ajudar a fazer com que sirvam ao bem comum”, declarou o novo superintendente, que é servidor da Controladoria-Geral de Pernambuco e já teve passagens por cargos de gestão nas secretarias de Educação do estado e do Recife.

20/02/2025

João Campos defende unidade partidária e trabalho para unir pessoas para lutar por boas causas

Foto: Chico Ferreira

Durante a reunião do diretório nacional, nesta quinta-feira (6), o prefeito do Recife, João Campos, falou sobre os próximos desafios que o partido vai enfrentar, e destacou a importância de trabalhar com afinco para construir o próximo congresso nacional do PSB de forma sólida e representativa. O encontro será realizado nos dias 30 e 31 de maio e 1º de junho, em Brasília. “Eu sei do tamanho desse desafio. Acho que a gente vai ter uma oportunidade de construir um bonito congresso, de buscar conversar com todo mundo, de fazer, a partir de hoje, o dever de casa, de estar procurando todos os diretórios, de poder conversar, ouvir e fazer uma caminhada que possa trazer o sentimento que o nosso partido tem, que é de ser um espaço ativo, um espaço que represente esperança”, disse, após ter sua candidatura à presidência do PSB lançada pelo presidente nacional Carlos Siqueira.

O prefeito mencionou quadros qualificados do partido, que têm a capacidade de representar amplas camadas da população e assumir grandes responsabilidades, e destacou o desafio de dar continuidade ao bom trabalho de líderes socialistas, como o presidente Carlos Siqueira. Para João Campos, esta será uma tarefa que exigirá “humildade e a colaboração de todos”.

“A gente vai precisar muito da força do diretório para construir, para compartilhar a responsabilidade. Não é fácil poder dar continuidade a um trabalho de alguém com tanta responsabilidade, carinho, afeto e respeito ao partido. Então, de fato, de forma muito humilde, eu vou querer pedir a ajuda de todo mundo, pedir a confiança e ficar certo de que essa é uma tarefa que é muito pesada para alguém carregar sozinho”, disse o socialista, que participou virtualmente da reunião.

O prefeito do Recife ressaltou ainda a necessidade de unidade do partido, “de juntar as pessoas”, e a importância de se conectar com o povo e com as boas causas. “É o jeito PSB de governar, é um jeito que olha para o social, olha para a inclusão, olha para um Estado justo, mas olha para um caminho adjacente, um caminho que tem a capacidade de modernizar, de aglutinar força, de não fazer o óbvio, de buscar ter representatividade em diversas esferas sociais e buscar fazer o que a gente espera, que é o que deve ser feito, que é melhorar a vida das pessoas e fazer a política juntando”, ressaltou.

06/02/2025 – Assessoria de Comunicação do PSB Nacional

Em discurso, Diogo Moraes critica falta de diálogo do Governo do Estado

Foto: Jarbas Araújo/Alepe/Arquivo

Com o início oficial dos trabalhos do biênio 2025/2026 da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o líder da oposição na Casa, deputado estadual Diogo Moraes (PSB), foi responsável por falar em nome da bancada e destacar as principais necessidades do Estado para o Poder Executivo estadual. Na presença da governadora Raquel Lyra (PSDB), Diogo utilizou a tribuna da sessão para enfatizar a importância do diálogo e alertar sobre a ineficácia do Governo de Pernambuco frente aos desafios nas mais diversas áreas que se encontram sem solução.

Em seu discurso, Moraes fez uma breve exposição dos principais problemas que, segundo ele, não têm tido sido encarados de frente pelo governo e seguem sem resposta para a sociedade. Entre eles, os gargalos enfrentados na Educação, Saúde e Segurança Pública.

“Nos últimos dois anos, infelizmente o que vimos foi um governo que reiteradamente falhou no diálogo, seja com esta Casa, seja com os servidores públicos e com a sociedade pernambucana. Testemunhamos uma gestão fechada ao debate e tomada pela letargia administrativa, que perde a oportunidade de construir soluções conjuntas e de evitar desgastes desnecessários. Para governar é imprescindível saber ouvir, na busca do bem comum. Que nossa governadora entenda que governar é construir pontes, não erguer muros”, afirmou.

Na sua fala, o líder da oposição falou que nos últimos dois anos, o Executivo não deu a devida atenção ao diálogo com a Alepe e com os servidores públicos, o que resultou em desgastes desnecessários em pautas importantes, como a questão do reajuste salarial.

Em seu pronunciamento, deputado também fez menção a falta de licitação para merenda escolar, kits escolares e a interinidade do secretário de Educação, além da má condução do Governo de Pernambuco diante do confronto ocorrido no último sábado entre torcedores do Sport e do Santa Cruz, no Recife. “Os episódios de extrema violência ocorridos antes do clássico apenas demonstram a completa inabilidade da gestão do atual governo em atuar preventivamente, no monitoramento da ação de grupos criminosos que se dizem torcedores”, pontuou.

Diogo finalizou falando da expectativa para o ano legislativo. “Faremos nossa parte com muita responsabilidade e esperamos que o Governo faça a dele, com respeito ao legislativo, às leis orçamentárias e, sobretudo, ao povo pernambucano. Que tenhamos neste parlamento um ano de produtivos debates e de projetos que verdadeiramente façam a diferença para a sociedade. A nossa oposição não torce pelo ‘quanto pior, melhor’. Pelo contrário: queremos um Pernambuco que acerte, que avance e que funcione”, finalizou.

03/02/2025 – Com informações da Assessoria de Comunicação do deputado Diogo Moraes

Sileno Guedes é reconduzido à liderança do PSB na Alepe

Foto: Wesley D’Almeida/Arquivo

O deputado Sileno Guedes foi reconduzido à liderança do PSB na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A definição, formalizada nesta quarta (5) no Diário Oficial do Poder Legislativo, ocorreu após consulta aos outros membros da bancada, que é a maior da Casa. Sileno, que também é presidente estadual do PSB, lidera o partido na Alepe desde 2023.

Na função, o deputado é responsável por orientar a posição oficial da bancada, como ocorreu em votações emblemáticas como a do reajuste salarial dos profissionais de educação, em 2023 – ocasião em que o partido assumiu a defesa firme do pleito da categoria –, e as das operações de crédito do Governo de Pernambuco, em 2023 e 2024 – que, por serem importantes para investimentos no estado, tiveram votos favoráveis do PSB, mesmo com a sigla situando-se na oposição.

“Nesses dois primeiros anos, demarcamos posição sobre os desafios de Pernambuco e a necessidade de respostas à altura desses problemas. Nunca nos furtamos de votar a favor de projetos do Poder Executivo que julgamos importantes para o povo. Vamos seguir fazendo esse trabalho com ainda mais diálogo, reafirmando nosso respeito ao posicionamento individual que cada membro da bancada tem em relação a seu mandato, mas lembrando sempre o lugar em que fomos colocados nas eleições de 2022, que foi o de trabalhar para impedir que as conquistas daquele ciclo sejam desmontadas”, apontou Sileno.

05/02/2025 – Assessoria de Comunicação do PSB de Pernambuco

Lideranças do PSB contestam pontos da concessão da Compesa

Foto: Lula Carneiro

O diretório municipal do Partido Socialista Brasileiro de Gravatá reuniu, na sexta-feira (24), diversas lideranças políticas para discutir o processo de concessão dos serviços de distribuição de água da Compesa, apresentado pelo Governo do Estado. O encontro reuniu lideranças das cidades de Agrestina, Amaraji, Bonito, Sairé, Gravatá, Chã Grande, Bezerros, Água Preta, Pombos, Igarassu, Caruaru, Iati, Cumaru, Casinhas, Ribeirão, Altinho, Garanhuns, Lagoa do Carro, Poção e Surubim.

A reunião contou com a presença do deputado federal Pedro Campos, dos deputados estaduais Sileno Guedes, Waldemar Borges e Cayo Albino, além dos prefeitos Sivaldo Albino (Garanhuns), Josué Mendes (Agrestina), Carol Jordão (Ribeirão), Jeyson Falcão (Primavera), Marivaldo Pena (Altinho), Maria Zeneide Medeiros (Cumaru) e Dr Ruy (Bonito), do presidente municipal do PSB de Gravatá e vice⁠-prefeito da cidade, João Paulo, além de diversos vice-prefeitos e vereadores da região.

Na ocasião, o deputado federal Pedro Campos criticou o molde da concessão em curso e avaliou que o governo estadual conduz esse processo de maneira equivocada, deixando à margem pontos essenciais ao interesse do povo. “Não há previsão em edital que o racionamento de água será reduzido, nem a definição da outorga mínima, nem os critérios que serão adotados para a repartição dos valores entre estado e municípios. Não podemos concordar com esse absurdo que está posto”, afirmou o deputado federal.

Em sua fala, Pedro ressaltou que  o processo de concessão da distribuição da água deveria ter como foco prioritário a redução do racionamento de água, principal queixa da população. “Enquanto tem gente esperando o caminhão-pipa para encher a cisterna, carregando lata d ‘água na cabeça nas zonas rurais do nosso estado ou esperando a água chegar nas periferia de Recife e Olinda, o prazo desta consulta pública está encerrando sem que houvesse a devida discussão. Essas pessoas infelizmente não têm tempo para discutir esse assunto. Por isso, a gente tem a responsabilidade de falar por essas pessoas, de cobrar e de garantir que esse processo seja bom não para o governo do estado, mas para o cidadão. Se for bom para o povo, que está esperando a água chegar em casa, é bom para a gente. Esse é o nosso compromisso e a luta do PSB”, afirmou Pedro.

27/01/2025 – Com informações da Assessoria de Comunicação do deputado Pedro Campos

Perfil no jornal O Globo mostra João Campos como player nacional

Foto: Rodolfo Loepert

O jornal O Globo publicou neste domingo (26/01) um perfil detalhado do prefeito do Recife, João Campos (PSB), destacando sua evolução como gestor e figura política de projeção nacional, com uma influência crescente dentro e fora de Pernambuco. Na série de perfis que leva o nome de “Persona”, feita por colunistas, editores e repórteres sobre as figuras mais relevantes do país, o periódico também enfatiza o domínio da comunicação digital por parte de João Campos.

A reportagem, que dedica três páginas inteiras a traçar o perfil do prefeito, ressalta a sua rotina intensa. “Aos 31 anos, se orgulha de ter realizado mais de 1.300 agendas em cerca de 1.200 dias de mandato. Desde visitas a obras e reuniões institucionais até compromissos políticos nacionais, João Campos se mantém ativo e conectado com a população. Com 2,8 milhões de seguidores no instagram, ele se tornou referência em comunicação digital entre prefeitos brasileiros”, frisa o jornal, que cita inclusive a recente convocação do presidente Lula para que João Campos ajude na estratégia digital do governo federal.

João tem defendido uma comunicação ágil e simbólica, entendendo que, no mundo atual, mensagens curtas e diretas são mais eficazes do que longos discursos. Segundo O Globo, essa forma de atuar, somada ao grande conjunto de entregas na educação, saúde e infraestrutura o levou a conquistar a reeleição em 2024 com o histórico resultado de 78% dos votos.

Atualmente, observa o repórter que acompanhou o prefeito em agendas pela rua, as pessoas já lhe veem como nome não só para o Governo de Pernambuco, mas também para a presidência da República.

A reportagem afirma que Campos deve disputar o cargo de governador em 2026 e que já desponta com 64% dos votos contra 22% da atual governadora na última pesquisa eleitoral feita no estado, embora o próprio chefe do Executivo Municipal mantenha cautela sobre o assunto.

Além disso, são citadas a linha do tempo de João, com conquistas de grande dimensão – a exemplo da votação recorde para a Câmara Federal em 2018, a relação com a família e a sua namorada – a deputada federal Tabata Amaral, a referência no pai e bisavô – Eduardo Campos e Miguel Arraes, entre outros temas. Na conclusão, o jornal o coloca como um político moderno, com carisma, forte poder de comunicação digital e atuação efetiva traduzida em projetos e obras concretas, entregas que marcaram os últimos anos da capital pernambucana.

Confira a reportagem na íntegra:

João Campos: a esquerda de novo visual

Por Caio Sartori

Sob o sol de 15 de janeiro numa comunidade do bairro de Água Fria, Zona Norte do Recife, uma suada senhora evangélica, vestindo uma camiseta da Assembleia de Deus, não escondia a euforia antes de pedir uma foto.

— Quero ver o rosto do homem! Já vi muito o do pai e o do avô — gritou ao lado do rapaz de olhos azuis e nariz avantajado. — Vai virar governador! — vaticinou um outro apoiador.

Quando percorre as ruas da cidade — sempre de camisa de manga curta, jeans e tênis esportivo —, o jovem tratado como celebridade se depara a todo momento com ecos do passado e projeções sobre o futuro. Aos 31 anos, o prefeito do Recife é hoje mais João do que Campos, mas não deixa de ser o bisneto de Miguel Arraes e o filho de Eduardo Campos, os dois políticos mais vivos na memória pernambucana. Reeleito com 78% dos votos, também já escuta aos montes gritos que o colocam na disputa do ano que vem pelo Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado comandado pelo bisavô em diferentes momentos dos anos 60, 80 e 90, e pelo pai entre 2007 e 2014.

É assim todo dia, e os dias são longos. O mais jovem prefeito de uma capital brasileira se gaba de ter realizado mais de 1.300 agendas em cerca de 1.200 dias de mandato, numa média de mais de uma por dia. Em uma terça-feira de janeiro, começou às 6h em visita a obras de contenção de encostas, passou por reuniões internas e voou para o velório do pai do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), em Alagoas. À noite, deu entrevista, cortou o cabelo e se reuniu com três secretários já de visual novo. Quando saiu da prefeitura, um destacado prédio alto no Recife Antigo, era madrugada de quarta-feira. Como é de praxe após todos os atos da rotina profissional, registrou com orgulho nas redes sociais o horário de encerramento do expediente. “Nada vence o trabalho”, escreveu na selfie em que aparece sorridente.

Todos os passos de João são seguidos de perto por um assessor que o filma com o celular, mas o próprio prefeito planeja cerca de 80% do que publica nas redes. É na arena digital, na qual a direita dá de goleada na esquerda, que agiu como uma espécie de consultor para o governo Lula na semana da crise do Pix.

Naqueles dias, o “prefeito TikTok” foi chamado a Brasília e deu pitacos na área em que ostenta números relevantes. São 2,8 milhões de seguidores no Instagram, o maior montante entre todos os comandantes de cidades do Brasil e quase o dobro da população recifense, que é de 1,5 milhão de pessoas. Integrantes da equipe de João passaram a compor o time do novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, e o estrategista de sua campanha de reeleição, Rafael Marroquim, também desembarcou por uma semana na capital federal para ajudar o Planalto.

— O principal é ter conexão e sinergia com o povo, e Lula tem isso como poucos. O desafio é entender que no mundo de hoje é preciso ser mais rápido, mais simbólico, não tem direito a falhas. Estamos falando de um tempo na comunicação digital que tem a força do Reels, de um bumper, uma propaganda de cinco segundos no máximo no YouTube. Se você fizer um pronunciamento de uma hora, ninguém vai ver o que você falou, mas vão ver a falha de cinco segundos que cometeu — avalia João Campos, em claro recado à língua do presidente.

O prefeito constrói o “simbólico” de que tanto fala nas redes sociais, e o momento de virada se deu no carnaval de 2024. Era verão, mas nevou no Recife: instigado pela turma do bregafunk, o gênero musical nascido na periferia da cidade, descoloriu o cabelo e dançou com óculos Juliet, dois símbolos das regiões mais pobres. Com o gesto, ganhou centenas de milhares de seguidores em poucos dias, transcendendo as fronteiras recifenses e alcançando outras cidades do estado e do país.

— O que me fez nevar foi que quem neva são os jovens periféricos que pintam o cabelo para brincar o carnaval, e parte da sociedade vê isso com preconceito. Eu fiz como ato de manifesto social, para dizer que quem é da periferia tem nosso respeito — afirma. — Foi um verdadeiro sucesso. É um tempo do símbolo. Não precisei explicar, as pessoas entenderam.

A parceria de hoje entre João Campos e PT esconde um passado de atritos. Em 2014, quando o pai, então candidato a presidente, morreu em um acidente aéreo, ele fez campanha para Aécio Neves (PSDB) contra Dilma Rousseff (PT) no segundo turno presidencial. Dois anos depois, a maior parte do PSB abraçou o impeachment de Dilma, e o partido entrou com cargos no governo Michel Temer (MDB). Quando Lula estava preso em Curitiba no auge da operação Lava-Jato, era daqueles que achavam que a esquerda deveria buscar alternativas. O partido chegou a flertar com a candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa.

Hoje, João tem olhar mais crítico sobre esse passado:

— Não participei das decisões, mas acho que de fato foi um momento histórico muito ruim para o Brasil, e tenho certeza que se meu pai estivesse ali nada disso teria acontecido. Até porque ele seria presidente do país. O PSB já disse que hoje não tomaria a mesma medida, eu certamente não tomaria. Mas o principal é que o partido já superou isso, e o PT também, ou Lula não teria Geraldo Alckmin como vice — afirma em relação ao ex-tucano, agora filiado ao PSB.

João se orgulha de ter uma foto com 1 ano de idade nos braços do presidente, e de, aos 7, ter matado aula para encontrar o petista na casa de Arraes. Classifica Lula como um personagem de tamanho único no Ocidente: a maior liderança do passado e do presente, além de esperança para o futuro. Conta com este ativo — somado ao imaginário político sobre a família e à bem avaliada gestão na capital — para cativar os pernambucanos em 2026. Ele não confirma ainda se será candidato ao governo, mas sabe que a questão será martelada por jornalistas e apoiadores ao longo do ano.

— O próprio fato de a pergunta ser feita em toda entrevista traz um sinal. Se ela é feita, é porque as pessoas acreditam que o caminho pode ser esse. Mas na política há tempo, há prazo, e o momento não é esse. O ano da eleição é 2026.

Um sinal do desejo de disputar o governo do estado foi a escolha do vice da chapa de reeleição, no ano passado. Victor Marques, que se filiou ao PCdoB, é amigo de João desde o primeiro período de faculdade na UFPE. Assim como o aliado, Marques vem de uma família com histórico político, mas bem mais humilde: o pai foi vereador no município de São José do Belmonte, no sertão pernambucano, terra de pouco mais de 30 mil pessoas.

Durante o primeiro mandato de João, o agora vice e secretário de Infraestrutura, pasta de grande visibilidade, trabalhou como chefe de gabinete. Na prefeitura, sabia-se que, quando se ouvia Victor, deveria se ouvir João. É o braço direito inconteste do prefeito e vem sendo a cada dia mais projetado na rotina municipal, uma forma de ganhar capital político antes de se sentar na cadeira em 2026.

Na próxima eleição estadual, o embate tende a ser entre João Campos e a atual governadora, Raquel Lyra, do PSDB. Há meses, Raquel negocia migrar para o PSD, que corteja o PT no estado a fim de neutralizar a parceria entre Lula e o prefeito. Pesquisa Quaest de dezembro do ano passado mostra João com quase o triplo das intenções de voto a menos de dois anos da eleição: 64% a 22%. O prefeito evita falar tão mal da provável futura rival, mas solta críticas indiretas.

— As pessoas querem resultados. Estamos num tempo em que o simbólico é muito importante, mas o concreto também. Não adianta falar e não fazer. As pessoas querem ver o resultado. Isso faz toda a diferença na hora da indicação de voto. Eleição é comparação.

Nenhuma comunicação é capaz de segurar sozinha uma avaliação de governo tão alta como a dele, afirma João. É preciso ter entrega. Orgulha-se das “três obras por dia em área de morro”, do aumento de vagas em creche e do “investimento recorde ano a ano”, além do monitoramento rigoroso de metas e da digitalização de serviços. A cidade virou de fato um canteiro de obras, sempre com placas chamativas para reivindicá-las politicamente: “Mais uma obra da prefeitura”, “A prefeitura do Recife está trabalhando aqui” e outros avisos do tipo pululam em todo canto.

Os críticos o chamam de “o prefeito moderno, mas que sabe usar a velha lógica de máquina”. No início do ano, houve aumento de 25% no número de cargos comissionados na cidade, com impacto de R$ 65 milhões. Existem mais contratados dessa modalidade na administração municipal do que na estadual.

Duas vitrines do prefeito entraram nos últimos meses no radar do Tribunal de Contas do Estado, que apontou possíveis superfaturamentos e outras irregularidades no Parque da Tamarineira e no Hospital da Criança. A prefeitura afirma que os itens destacados no documento sobre o hospital “estão sendo cuidadosamente analisados, e as informações técnicas necessárias estão sendo levantadas para subsidiar a resposta”. O relator no tribunal é Marcos Loreto, primo da mãe de João. No caso do parque, a gestão rechaça os argumentos do TCE e garante que todo o processo licitatório foi feito de forma correta e até mais econômica do que o sugerido pela auditoria.

Na política, escreveu certa vez a historiadora Angela de Castro Gomes, funerais costumam provocar uma “alegoria às avessas”: ao invés de uma ideia ser dotada de um corpo, um corpo passa a representar uma ideia.

O enterro de Eduardo Campos, em plena campanha presidencial de 2014 e um dia depois de o candidato ser entrevistado no Jornal Nacional, é considerado por muitos em Pernambuco o momento em que a ideia simbolizada por ele não só se imortalizou, como passou a habitar outro corpo.

Diante de toda a dor no funeral, recorda um integrante da família, o mais velho dos filhos homens do ex-governador logo incorporou o papel de herdeiro político. Ao mesmo tempo em que se despedia do corpo do pai, era o único capaz de ter a frieza de cumprimentar os apoiadores que faziam fila para chegar perto do caixão.

— Ali ficou cravado que ele seria o sucessor político da família — afirma o presidente do PSB, Carlos Siqueira, que assumiu o partido até então chefiado por Eduardo Campos.

Foi depois da morte do pai, com Marina Silva encabeçando a chapa e Paulo Câmara concorrendo ao governo estadual pelo PSB, que João fez campanha em palanques pela primeira vez.

— É como se disséssemos que nossa bandeira não ficaria a meio mastro. Meu pai não gostava de nada triste, a última coisa que queria era a família dele de cabeça baixa. Decidimos fazer o que ele faria. Eu nunca tinha feito um comício político, fiz o primeiro 15 dias depois de ele ter falecido. Meu primeiro discurso foi em Caetés, onde Lula nasceu. Em 20 dias, fui a 44 cidades do estado — relembra o prefeito.

Sempre que falam do ambiente da casa nos tempos de Eduardo governador, os olhos dos Campos brilham. Era um permanente evento político, e por lá passaram todas as grandes figuras da República. O pernambucano Lula a visitou sete vezes em um mesmo ano, na esteira de agendas presidenciais no Recife.

O escritor Ariano Suassuna, tio-avô de João, era sempre convidado quando o petista aparecia, e o cardápio incluía clássicos da culinária local: carne de sol, macaxeira, feijão verde e bolo de rolo. Para ajudar a descer a fartura, uísque, o mesmo destilado que João, iniciado na bebedeira apenas aos 23 anos, tem hoje como quitute alcoólico favorito.

Se o pai é a grande referência política, de Arraes João se recorda mais como bisavô do que como figura mítica da esquerda brasileira, o homem cassado pela ditadura que partiu para o exílio e voltou para cumprir outros dois mandatos de governador. O reconhecimento do tamanho do “Pai Arraia” na política pernambucana se deu com o tempo e nas ruas, onde os mais velhos se emocionam quando veem “o netinho de Arraes”.

Pai e filho haviam selado um acordo: enquanto Eduardo estivesse na política, João não disputaria eleições. Na esteira da morte, teve quem incentivasse o então jovem de 20 anos a cobiçar uma cadeira de deputado federal já naquele processo eleitoral, o que exigiria que algum outro candidato da nominata do PSB desistisse. Ele recusou: preferiu terminar a faculdade e esperar quatro anos para se colocar nas urnas.

Formou-se em Engenharia, vocação notada ainda na infância e da qual se vale hoje para detalhar obras da cidade. Quando criança, João andava pela casa dos pais, no bairro Dois Irmãos, com uma caixa de ferramentas para lá e para cá. Gostava de consertar tudo o que via pela frente — incluindo relógios antigos, que desmontava e montava “para entender como funcionava”.

Os slogans de João em campanhas narram a história política que construiu de 2018 para cá. Começou como “filho da esperança” quando concorreu a deputado federal, passou por “a esperança (que) se renova” na primeira vitória para o Executivo municipal e virou, enfim, “meu prefeito”.

A mãe, Renata Campos, costuma contar uma anedota que também ilustra a passagem de bastão na política pernambucana. Diz que era conhecida como a mulher de Eduardo, até que virou a viúva de Eduardo. Agora, é a mãe de João.

João é inquieto. Quando senta para conversar, as mãos se mexem com frequência. Afagam as pernas ou se embrenham uma na outra. Orgulhoso da rotina insana de trabalho, tem como hobby a corrida, que o ajuda a desopilar. Foram duas meias maratonas concluídas no ano passado, mas admite que, desde a reeleição, anda meio “fuleiro” com os treinos.

É teimoso, obsessivo, perfeccionista, exigente, workaholic, e por aí vai — palavras de todos que falam de João, além do próprio. Sobre ele, no entanto, não se ouvem críticas voltadas para o temperamento. Ao contrário do pai, avaliam aqueles que conheceram os dois Campos, não é “temperamental”.

Fora do padrão na política, o prefeito mora sozinho, uma solidão caseira que se dá pela distância física da namorada, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP). Os amigos que analisam a entrada de Tabata na vida de João, assim como ele mesmo, citam como maior impacto o estímulo ao estudo e a ser mais questionador. Com vidas em cidades diferentes, os dois tentam se ver aos fins de semana, seja em Brasília, São Paulo ou Recife.

João é bisneto, mas na boca do povo virou neto do ex-governador. Neta mesmo é Marília Arraes, a prima de Eduardo Campos que, brigada com o outro lado da família em 2014, sequer foi ao funeral. Seis anos depois, João e Marília protagonizaram uma eleição municipal — ele pelo PSB, ela pelo PT — que rachou os dois núcleos, com ataques na linha da cintura.

Foi Marília quem começou a trocação, mas João, à época com 26 anos, mostrou no segundo turno que, apesar da cara de bom moço, era capaz de acirrar a guerra familiar para vencer o jogo. Chegou a contar com Silas Malafaia, pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e um dos principais líderes religiosos do universo bolsonarista, para pregar voto contra a então petista, hoje dirigente estadual do Solidariedade. Ao mesmo tempo, fez uma campanha em que pintou Marília como alguém de ideias mirabolantes e inviáveis. Deu certo, e o resultado foi uma vitória até confortável: 56% a 44%.

Parte dos ataques cara a cara se concentrou em acusações de corrupção envolvendo os respectivos partidos, que volta e meia se bicam no Recife em busca de protagonismo. Depois que a candidata que carregava o nome Arraes citou operações da Polícia Federal contra o então prefeito Geraldo Júlio, do PSB, o de sobrenome Campos mencionou suspeitas de “rachadinha” no gabinete da prima e disse que “em relação ao PT, não cabe nos dedos das duas mãos quantos gestores presos têm no Brasil”. Declaração impensável para o João de hoje.

A reconciliação entre os primos só veio em 2022, quando o palanque de Lula em Pernambuco fez os dois ficarem frente a frente pela primeira vez desde então, e foi o próprio petista quem intermediou o encontro. Mas, depois daquela traumatizante eleição municipal, a relação entre os Campos e os Arraes nunca mais foi a mesma, a despeito da paz restabelecida.

Hoje, tanto João como Marília têm irmãos com mandatos na Câmara dos Deputados, Pedro Campos (PSB) e Maria Arraes (Solidariedade), ambos orbitando os 30 anos. Em Pernambuco, os dois sobrenomes são uma espécie de passaporte para a política, e Pedro e Maria foram eleitos com mais de 100 mil votos cada em 2022.

João tem ainda outros três irmãos: a única mais velha, Duda, e os mais novos, Zé e Miguel, até o momento sem experiência eleitoral. Ele e Pedro sempre foram os mais interessados nas conversas políticas do pai.

Em maio, o prefeito vai assumir a presidência nacional do PSB, apesar de ainda adotar cautela ao falar da missão, outra que o pai e o bisavô cumpriram por vários anos. À frente da sigla, lidará com a construção do processo eleitoral de 2026, enfrentando pela primeira vez dilemas de outros estados e, sobretudo, impondo pressão para Lula manter Geraldo Alckmin como vice na chapa de reeleição.

— Isso é uma prioridade do partido. Quando fizemos a aliança com Lula, o maior partido a apoiá-lo foi o PSB. Nenhum dos grandes partidos que hoje têm ministérios apoiou Lula — observa. — E tenho certeza que muitos também não coligarão no ano que vem. Isso é uma disfunção, claro que é, mas para resolver não é simples. Hoje o modelo de representação no Congresso quase que exige que isso seja feito.

Insistente na tese de que é preciso “ouvir o povo”, João é há bastante tempo crítico do protagonismo das chamadas pautas identitárias na esquerda. Ainda em 2021, quando começava a se reaproximar de Lula, disse ao GLOBO que “os problemas e as soluções do Brasil não estão nessas pautas puramente identitárias ou ideológicas”, e que era necessário tirar o debate desse campo, no qual o bolsonarismo cresce. Prega que as energias estejam concentradas nas políticas públicas mais amplas.

Outra crítica que fez a parcelas da esquerda, esta diretamente ao aliado Lula, foi à visita pomposa do venezuelano Nicolás Maduro ao Planalto. O episódio exemplifica o que o prefeito considera deslizes do governo que dão munição para opositores desviarem o foco do que importa.

Os casos do passado recente do partido, nos anos de turbulência da política nacional e também nas brigas locais, evidenciam que, a exemplo do pai, João nutre uma relação mais sólida com Lula do que com o PT. Ex-ministro de Ciência e Tecnologia do petista antes de virar governador, Eduardo resolveu, afinal, tentar a presidência contra Dilma.

Quando é perguntado sobre o cenário para 2026 se o atual presidente não disputar a reeleição, o futuro chefe máximo do PSB evita projetar outros nomes e considerar conjunturas.

— Lula é o nome natural, e o que torço e espero é que ele seja candidato — limita-se a dizer.

Sem ter sequer os 35 anos necessários para disputar a Presidência da República, João é considerado a grande aposta nacional do PSB, o elo entre o sonho interrompido de Eduardo Campos e o futuro. Enquanto corta o cabelo — sem “nevar”, ao menos até o próximo carnaval — com Weydson Alves, que vai todo mês à prefeitura prestar o serviço, conversas descontraídas sobre o passado e o horizonte político do prefeito tomam conta da sala, incluindo projeções presidenciais.

Se dependesse de Weydson, fã dos slogans políticos da família Campos, o bordão para a eventual candidatura ao Planalto já estaria definido: “João Campos, a sorte do Brasil”, vislumbra, arrancando o sorriso do prefeito diante de um quadro na parede em que o pai também sorri.

27/01/2025